Amigo de Deus, amigo dos homens!

A Canção Nova está vivendo o ano de comemoração dos cinquenta anos de sacerdócio do monsenhor Jonas Abib ou simplesmente padre Jonas, como ele gosta de ser chamado.

Entre tantas características do sacerdote, destaco o ser padre e amigo em todas as horas. Eu o conheci, em 1973, quando fiz o meu primeiro encontro de jovens, no colégio São Joaquim, em Lorena (SP), onde ele fazia um lindo trabalho com a juventude da diocese. Com a minha primeira conversão, integrei-me à sua equipe nas atividades evangelizadoras, colocando-me a serviço dos jovens e adultos da Renovação Carismática. Foi nessa convivência diária que surgiu uma sincera amizade na busca contínua da santidade, marca registrada do padre Jonas.

Dizia São Francisco de Sales: “Oh! Como é bom amar na terra como se ama no céu e aprender a estimarmo-nos, nesta vida, como nos havemos de estimar e querer eternamente na outra. A amizade espiritual, pela qual duas, três ou mais almas comunicam entre si a sua devoção, formam em si um só espírito podendo elas cantar: Oh! como é bom e agradável os irmãos viverem juntos! Sim, porque aí se pode dizer que Deus derramou sobre esta amizade a sua bênção e a vida até os séculos dos séculos”.

Ser amigo de um homem de Deus é querer ser amigo de Deus. Pela graça do Senhor, logo compreendi o cantar do padre Jonas expresso na sua música “Senhor, meu Amigo”: “Deixa tuas redes, deixa teu lar. Deixa teus campos, deixa por mim. Meu operário eu te farei, irmão e amigo eu te serei. Eis-me, Senhor, tudo deixei por Ti, Senhor. Senhor, meu amigo, assim lado a lado, eu caminho confiante onde fores eu vou. Senhor, não pergunto pra onde me levas, se Tu queres eu quero, se Tu fores eu vou”.

Lemos, nas Sagradas Escrituras, que: “Amigo fiel é bálsamo de vida; os que temem o Senhor vão encontrá-lo. Quem teme o Senhor, orienta bem sua amizade; como ele é, tal será o seu amigo (Eclo 6, 16-17).

Foi no convívio com o padre, por meio da sua vida de oração regada pela Liturgia das Horas e pela Bíblia, pelo rosário e as longas horas diante do Santíssimo, pelo seu sorriso largo e abraço que acolhe a todos, sem nunca fazer acepção de pessoas, sensível, amável, aplicado em tudo o que realiza, pobre e despojado, que aprendi a me relacionar com Cristo. Por isso não tive receio de ser eu mesma e deixei-me conhecer, acreditando que “a amizade, cuja fonte é Deus, nunca se esgota” (Stª Catarina de Sena), ao contrário, eterniza-se.