Se não houvesse a cruz, Cristo não seria crucificado. Se não houvesse a cruz, a vida não seria pregada no lenho com cravos. Se a vida não tivesse sido cravada, não brotariam as fontes da imortalidade, o sangue e a água, que lavam o mundo.
Não teria sido rasgado o documento do pecado, não teríamos sido declarados livres, não teríamos provado da árvore da vida, não se teria aberto o paraíso. Se não houvesse a cruz, a morte não teria sido vencida e não teria sido derrotado o inferno.
É, portanto, grande e preciosa a cruz. Grande sim, porque por ela grandes bens se tornaram realidade; e tanto maiores quanto, pelos milagres e sofrimentos de Cristo, mais excelentes quinhões serão distribuídos.
Preciosa também, porque a cruz é paixão e vitória de Deus: Paixão, pela morte voluntária; e vitória, porque o diabo é ferido e com ele a morte é vencida. Assim, arrebentadas as prisões dos infernos, a cruz também se tornou a comum salvação de todo o mundo.
É chamada ainda de glória de Cristo, e dita a exaltação de Cristo. Vemo-la como o cálice desejável e o termo dos sofrimentos que Cristo suportou por nós.
Que ainda a cruz seja a exaltação de Cristo. Escuta o que Ele próprio diz: Quando eu for exaltado, atrairei então todos a mim (cf. Jo 12,32). “Bem vês que a cruz é a glória e a exaltação de Cristo” (Santo André de Creta, bispo Séc.VIII).
Luzia Santiago
Cofundadora da Comunidade Canção Nova
Adquira o livros de Luzia Santiago: