O Evangelho nos leva a uma reflexão: somos sempre conduzidos por Deus, guiados pelo infinito amor d’Ele por nós, reconduzidos ao seio da família quando nos desinstalamos de nossa própria terra, do nosso povo, da nossa família, para juntamente, com um novo povo, seguirmos a vontade do Senhor a nosso respeito, formando, dessa forma, uma nova aliança de amor.
Isso serve para todos – para os casais, para os filhos, para os religiosos e religiosas, futuros sacerdotes, leigos consagrados… Assumir a filiação espiritual é condição essencial para vivermos a nossa vocação e seguirmos a voz do Pai, que se manifesta no próximo, constituído por Ele na nossa caminhada espiritual. Isso nos dá a graça de dizermos: ”Abba Pai, papaizinho” e de sermos saciados de nossas carências mais profundas de afeto, amparados nos clamores mais íntimos de nossa alma.
Jesus viveu longos anos ao lado da Mãe antes da vida pública, dependendo dela para aprender tudo, juntamente com seu pai José. E hoje o Senhor nos chama para nos abrirmos à vida nova, que representa, para nós, muito mais que apenas servir e obedecer às leis e preceitos dados por Ele para a nossa salvação, mas que significa nos encontrarmos envolvidos no abraço misericordioso do Pai, que nos acolhe como filhos. Os mandamentos nos foram concedidos pelo Senhor para vivermos na liberdade de filhos amados que somos, curados das nossas chagas de pecado para vivermos plenamente o amor.
Você pai, mãe, filho ou filha, abra-se à vida nova, a começar desse abraço misericordioso do Altíssimo, que restaura em nós a imagem de filhos amados feitos para o amor e para a plena felicidade.
Jesus, eu confio em Vós!