Salmos

Oração com os Salmos e a espiritualidade em momentos de dor e sofrimento

O poder da palavra alcançada com a oração com os Salmos

Tenho recebido muitos retornos sobre esse nosso momento do Poder da Palavra. Pessoas que, de repente, nem estão assistindo ao canal de televisão, à Canção Nova ou acessando pela internet, mas, ao passarem por algum lugar, se deparam com algo – uma flor, um detalhe – e são tocadas. De repente, sentem-se alcançadas pela graça, muitas vezes, através de um Salmo, da oração com os Salmos.

Os Salmos são uma bênção para nós. Quem quiser aprofundar sua espiritualidade, eu convido a caminhar pelos Salmos – do Salmo 1 ao Salmo 151. Assim, vamos aprendendo a orar como Jesus orava: oração com os Salmos.

Tantos homens e mulheres chegaram aos altares porque tiveram o Salmo dentro de si. Muitas vezes, quando alguém diz: “Eu não sei rezar”, eu respondo: “Reze com os Salmos”. E o Espírito Santo trabalha no coração.

Somos adestrados à vontade divina

Há um Salmo que diz que o Senhor coloca um cabresto em nós, como em um cavalo selvagem. Ele nos prende com rédeas, porque o ser humano é assim, toda a nossa humanidade precisa ser adestrada à vontade divina, como foi com tantos santos e santas que são exemplo para nós.

Cito o Padre Jonas Abib, um homem inspirado por Deus, que se fez tudo para todos. Eu quero seguir Jesus como ele seguiu. A santidade é isso: cavar, tirar água da pedra.

Orando com o Salmo 88

 Já falei o quanto ele é importante para mim, especialmente em momentos difíceis – de dor, sofrimento, provações! Mas também oro com ele quando alguém está enfermo, em depressão, porque sei que ele retrata uma alma que está à beira da exaustão, mas que, mesmo assim, confia em Deus.

O Salmo diz:

“Todos os dias, eu clamo a vós, Senhor, estendo para vós as minhas mãos.
Será que fareis milagres pelos mortos?
Ressuscitarão eles para vos louvar?

Eu, porém, Senhor, vos rogo; desde a aurora, a vós elevo a minha prece.
Por que, Senhor, repelis a minha alma?
Por que ocultais de mim a vossa face?

Sou miserável, e desde jovem agonizo;
o peso dos vossos castigos me abate.
Sobre mim caíram vossas iras,
vossos terrores me aniquilaram.

Afastaste de mim amigo e companheiro;
só as trevas me fazem companhia.”

Talvez alguém diga: “Nossa, mas que oração mais deprimente!”

Não, não é uma oração deprimente. É a oração de alguém em profunda lamentação, que se sente sozinho, abandonado até por Deus.

Jesus mesmo viveu essa agonia profunda quando gritou ao Pai:

“Pai, por que me abandonaste?”

Está vendo? O próprio Filho de Deus, Cristo Jesus, nosso Salvador, experimentou as profundezas do sofrimento e da dor. Por que nós não passaríamos por isso? Por que não sofreríamos também? Por que não veríamos as pessoas que amamos enfrentando tamanha dor, tanta angústia?

Mas, seja como for, a nossa confiança está em Deus:

“Eu, porém, vos rogo, Senhor, desde a aurora.”

Vamos rezar com o salmista.

Faça sua oração com o Salmo agora:

Senhor, de dia e de noite, minha alma suspira por vós.
Seja como for, eu – ou alguém que, nesta hora, esteja precisando muito –
levanto a minha súplica.
O Senhor conhece o nosso coração.
O Senhor ama.

E, diante do sofrimento, da tristeza, da solidão,
é para vós, Senhor, que elevamos nossa oração.

Não nos abandoneis, Senhor, nosso Deus. Amém.

 

Maranatha! Vem, Senhor Jesus!

Luzia Santiago
Cofundadora da Canção Nova