Neste tempo litúrgico que a Igreja vive, somos chamados à conversão pelo mistério da Paixão, Morte e Ressurreição de Nosso Senhor Jesus Cristo. Tempo de graça e salvação para toda a humanidade pelo amor misericordioso do nosso Deus.
No segundo domingo de Páscoa celebramos o Dia da Divina Misericórdia, festa instituída por João Paulo II, e data que marca o seu falecimento. Neste ano, na Festa da Misericórdia, o mundo ganhará de presente a beatificação do Papa Karol Wojtyla.
Todos que o conheceram e o amaram se alegrarão com a Igreja. Esta notícia é esperada por todos, pois ele foi um guia na fé, na verdade e na liberdade para todos os povos. A beatificação fortalecerá a presença de milhares de pessoas na Festa da Divina Misericórdia por todo o mundo, em especial,
para nós, pois, como diz monsenhor Jonas: “A Canção Nova é a Casa da Misericórdia”.
A Santa Sé anunciou o decreto que reconhece um milagre atribuído à intercessão do servo de Deus Karol Wojtyla. Mas por que é necessário reconhecer um milagre? O milagre é como um carimbo que Deus coloca nas ações de um homem ou uma mulher que demonstram, com virtudes heroicas, sua fidelidade ao Evangelho.
Se um milagre acontece por intercessão de alguém que é invocado, significa que essa pessoa e Deus estão em comunhão, e isso é a santidade. Entre tantos milagres alcançados por intermédio de João Paulo II, um em especial foi escolhido para o processo de beatificação dele, o caso da irmã Marie Simon Pierre, que sofria de Mal de Parkinson. A doença foi diagnosticada em 2001, por vários especialistas. A religiosa até então recebia cuidados paliativos que apenas aliviavam parcialmente as dores. Depois do falecimento do Sumo Pontífice polonês, que padecia da mesma enfermidade, a Irmã Marie e as religiosas da congregação começaram a invocar a intercessão dele junto a Deus Pai, pedindo-Lhe a cura.
Em 2 de junho de 2005, oprimida pelas dores, a religiosa manifestou à superiora a intenção de abandonar o trabalho em uma maternidade de Paris. No entanto, a superiora a convidou a confiar na intercessão de João Paulo Paulo II. Depois disso, a freira passou uma noite tranquila. Quando acordou, no dia seguinte, sentiu-se curada. As dores desapareceram e ela deixou de sentir a rigidez nas articulações. Ela procurou o médico que a atendia e ele não teve outra possibilidade a não ser constatar sua cura.
Ainda que Bento XVI tenha concedido a licença [aos responsáveis pela causa da beatificação] para não esperarem os cinco anos exigidos para dar início à causa de beatificação de João Paulo II, de forma a honrar dignamente sua memória, a causa foi submetida a um processo detalhado, para evitar qualquer dúvida e superar qualquer dificuldade.