É maravilhoso fazer parte do povo de Deus, saber que temos uma história, que somos Igreja e que isso nos concede uma riqueza imensa para nossa vida cristã rumo à santidade. Setembro é o mês da Palavra de Deus, entre outras realidades que favorece crescermos na fé. No meio do mês, celebramos a Exaltação da Santa Cruz e Nossa Senhora das Dores. Na celebração da exaltação da Santa Cruz, recorda-nos Santo André de Creta: “Se não houvesse a cruz, Cristo não seria crucificado. Se não houvesse a cruz, a vida não seria pregada ao lenho com cravos.
Se a vida não tivesse sido cravada, não brotariam do lado aberto de Cristo as fontes da imortalidade, o sangue e a água que lavam o mundo. Não teria sido rasgado o documento do pecado, não teríamos sido declarados livres, não teríamos provado da árvore da vida, não se teria aberto o paraíso. Se não houvesse a cruz, a morte não teria sido vencida e não teria sido derrotado o inferno. Ela é Paixão e vitória de Deus: Paixão pela morte voluntária e vitória, porque o diabo é ferido e com ele a morte é vencida. Assim, arrebentadas as prisões dos infernos, a cruz também se tornou a comum salvação de todo o mundo. A cruz de Cristo seja exaltada, pois Ele próprio diz: “Quando eu for exaltado, atrairei então todos a mim (cf. Jo 12,32)”. Bem vês, a cruz é a glória e a exaltação de Cristo”.
Com a exaltação da Santa Cruz no dia 14, no dia seguinte celebramos Nossa Senhora das Dores, data que tem origem no encontro da Virgem Maria com seu Filho Jesus a caminho do Calvário. Ao ver seu Filho carregando a cruz, torturado e flagelado, com a coroa de espinhos, ensanguentado, a dor da Mãe de Deus foi tão profunda que nela encontramos as dores de todos nós.
Em 14 de setembro de 2011, monsenhor Jonas, em sua homilia, inaugurou um tempo novo na Canção Nova por ocasião dessas duas festas, sobre as quais ele diz: “Será sempre um dia especial para nós, porque foi, nesse dia, que a cruz subiu ao alto do Santuário do Pai das Misericórdias. Ela ficou lá, no alto. Não é apenas parte material da obra Canção Nova, mas é a exaltação da Santa Cruz. Além disso, temos, todos os anos, no dia 15, uma festa especial para Nossa Senhora das Dores, a Pietá, pois ela sofreu na alma aquilo que seu Filho sofreu no corpo. Nós, Canção Nova, temos uma devoção muito especial por Nossa Senhora da Piedade. O Pai das Misericórdias nos dá a Mãe, a Virgem da Piedade.
Quem contempla essa imagem lindíssima feita em uma única peça no mármore, contempla Maria e Jesus completamente unidos. Se nós buscamos a misericórdia do Pai, que vem por meio de Seu Filho Jesus, nós queremos também recorrer a Maria, Mãe da Misericórdia. Se nós queremos a misericórdia do Pai, que vem por Jesus, nós queremos também a misericórdia de Maria, um canal que vem de Jesus para nós. Muito mais que uma consagração é uma exaltação da Santa Cruz sobre toda a Canção Nova”.
Tomemos posse dessa graça!
Luzia Santiago