Misericórdia e confiança

Estamos no tempo da graça para toda a humanidade, mas ela só é possível para quem contempla Deus com os olhos da fé.

Foi pela paixão, morte e ressurreição de Nosso Senhor Jesus Cristo que inaugurou-se para nós o tempo da Misericórdia.

Deus, que é amor, concede-nos a graça de descobrirmos a sua insondável misericórdia cada vez que acolhemos o mistério pascal de Cristo. Somos convidados a viver esta experiência da Semana Santa até a Páscoa com a alegria do Ressuscitado.

Em nossos tempos, Ele quis manifestar mais uma vez a sua Misericórdia através das revelações à Santa Faustina. Ele mandou que se realizasse no primeiro domingo após a Páscoa, a Festa da Misericórdia: “Eu desejo que haja a Festa da Misericórdia. Quero que esta imagem, que pintarás com o pincel, seja benta solenemente no primeiro domingo após a Páscoa, e que esse domingo seja a festa da Misericórdia”.

A grandeza desta festa só pode ser avaliada pelas extraordinárias promessas que Nosso Senhor a ela atribuiu: “…alcançarás perdão total das faltas e dos castigos aquele que, neste dia, se aproximar da fonte da vida. Neste dia, estarão abertas as entranhas da minha Misericórdia. Derramo um mar de graças sobre as almas que se aproximam dela. Que nenhuma alma tenha medo de se aproximar de Mim ainda que seus pecados sejam como o escarlate”.

Celebramos na Canção Nova, há vários anos, no segundo domingo da Páscoa, a Festa da Misericórdia, na qual reunimos milhares de fiéis. A multidão que aqui chega é atraída por Jesus misericordioso e, a cada ano, o número de pessoas cresce, pois todos são atingidos pelos seus raios de amor.

Não somente a Festa da Misericórdia tornou-se um marco para nós, mas fomos percebendo que Deus mesmo escolheu a Canção Nova para ser “o lugar da Divina Misericórdia”, como nos escreve Monsenhor Jonas Abib: “Eu fui movido a consagrar a Canção Nova para que seja o lugar da Divina Misericórdia, onde Jesus exerça toda a extensão da sua Misericórdia e onde as pessoas, com confiança, tragam todas as suas misérias e sejam atendidas”. Entreguei a Deus a Canção Nova para ser o lugar da Misericórdia e da Confiança.

Estamos construindo aqui em Cachoeira Paulista, o Santuário do Pai das Misericórdias, um santuário grande e acolhedor, cujas dimensões mostrem a ilimitada vontade do coração de Jesus de receber nele uma multidão de filhos e filhas de Deus, especialmente os mais pecadores, os mais miseráveis, os mais desesperados, os que não têm mais com quem contar a não ser com a Divina Misericórdia, mas vejo que a vontade de Deus vai mais além: Ele quer que a Canção Nova toda seja o grande Santuário da Divina Misericórdia.

Não se trata simplesmente de propagar a devoção à Divina Misericórdia; é muito mais: vamos experimentar a Sua Misericórdia em nós, seremos formados pelo Senhor para termos os mesmos sentimentos do Seu coração misericordioso. Será a grande graça para todos nós”.

Encerro com esta palavra que tem nos seguido como promessa de Deus para todo este território Eucarístico, a Canção Nova, pois as promessas de Deus são eternas: “Meus olhos estarão abertos e meus ouvidos atentos à oração feita neste lugar. Pois, agora, escolhi e santifiquei esta Casa dedicada ao meu nome para sempre. Meus olhos e coração estarão nela todo o tempo” (2Cr 7,15-16).

Jesus eu confio em vós!