Quem já esteve presente em celebrações do Sacramento do matrimônio deve recordar-se
que é muito comum uma das leituras ser o hino ao amor: “O amor é paciente, o amor é bondoso. Não tem inveja. O amor não é orgulhoso. Não é arrogante. Nem escandaloso. Não busca os seus próprios interesses, não se irrita, não guarda rancor. Não se alegra com a injustiça, mas se rejubila com a verdade. Tudo desculpa, tudo crê, tudo espera, tudo suporta. O
amor jamais passará” (I Cor. 4 -7). Isto porque o amor faz a diferença, por mais diferente que sejam as pessoas.
O amor é a liga que une todas a necessidades básicas de um casal: a segurança, a autovalorização e o significado, pois queremos que a nossa vida valha a pena na escolha conjugal que fizemos. O resultado do amor verdadeiro no casamento produz força e libertação.
No livro “As cinco linguagens do Amor” de Gary Chapman, ele falando aos casais diz: “Se não nos sentimos amados no casamento, as diferenças se ampliam. O casamento passa a ser mais campo de batalha do que porto seguro.
O amor não oferece resposta a tudo, mas cria um clima de segurança no qual podemos buscar soluções para as questões que nos aborrecem. Na convicção do amor, os casais podem conversar sobre diferenças sem condenação, e os conflitos podem ser resolvidos. Duas pessoas diferentes podem aprender a viver juntas em harmonia e descobrirem o melhor de cada uma. A decisão de amar o cônjuge com todas as suas diferenças tem um enorme potencial. Aprender a forma de amar dele transforma esse amor em realidade”.
Independente de quanto tempo estão juntos, sempre será necessário buscar no amor a melhor forma e o melhor momento para transformar diferenças em riquezas.
O amor sempre investe no outro mesmo que sangre e doa, porque o amor é mais forte do que a morte.
“Pode parecer difícil e até impossível ligar-se por toda a vida a um ser humano.
Por isso é de suma importância anunciar a Boa Nova de que Deus nos ama com amor definitivo e irrevogável, que os esposos participam deste amor, que ele os apóia, e mantém, e que através de sua fidelidade podem ser testemunhas do amor fiel de Deus” (CIC 1648).
Deus une as pessoas mais diferentes para que elas cresçam através da fidelidade cotidiana, a ponto da comunhão entre elas ser confirmada, purificada e arrematada com o auxílio da graça divina.
Não basta amar agora; é preciso amar sempre e para toda a vida!
Este mês podemos renovar com a Virgem Maria os nossos laços conjugais dispondo-nos a amar nas diferenças e perseverar na gratuidade do amor.