Neste mês de outubro, instituído na Igreja como o mês das missões, sendo dia 22 dedicado ao Beato João Paulo II, o grande missionário, o Papa que abriu o seu pontificado com este clamor: “Não tenham medo! Abram, escancarem as portas para Cristo”! Estas palavras de força e coragem eram o seu programa de vida como sucessor de Pedro.
Lembro-me ainda quando começávamos com a nossa missão de evangelizar pelos meios de comunicação, através da Rádio Canção Nova, foi instituída a Fundação João Paulo II que seria a mantenedora do Sistema de Comunicação com o seu nome, pois o seu ardor apostólico contagiou-nos e nos impeliu ao anúncio de Cristo Redentor. Com certeza, ele foi o Papa que mais viveu “ad gentes”, visitando o maior número de nações: É como se tivesse dado trinta vezes a volta na terra, mais de três vezes a distância entre o nosso planeta e a lua. Ele dizia: “Não podemos esperar os fiéis na Praça de São Pedro, precisamos ir até eles”. Basta lermos o livro: “Uma vida com Karol”, do cardeal Stanislaw Dziwisz, para vermos mais intimamente sua vibração como pastor universal, com toda sua humanidade e espiritualidade.
Com João Paulo II, foram consolidadas as ligações entre a Santa Sé e as Igrejas locais, tornando-as mais unidas. Ele sempre tinha à mão um grande atlas geográfico, onde estavam assinalados os países e dioceses do mundo inteiro, e sabia de cor o nome de todos os responsáveis pelas dioceses. Assim como ele soube levar ao mundo até o fim de sua existência o testemunho de santidade.
João Paulo II ao vir no Brasil em 91, Florianópolis na beatificação de Madre Paulina, lançou-nos este brado: “O Brasil precisa de santos; o Brasil precisa de muitos santos”. Ele disse: “Ser santo significa opor-se ao pecado, à ruptura com Deus. Santidade não é alienação, como às vezes se ouve dizer, mas uma maior familiaridade com as realidades mais profundas de Deus. Cristo nos chama a todos, cada um seguindo a própria vocação – no lar, no trabalho profissional, no cumprimento das obrigações que competem ao próprio estado, quer inseridos nas realidades temporais, quer no sacerdócio ministerial ou na vida religiosa, nos deveres de cidadão, no exercício dos próprios direitos. A santidade se prova na vida do dia a dia, no trabalho em favor dos irmãos, como fruto da união com Deus.
Os santos nos indicam o caminho da esperança e têm a capacidade de despertar o desejo de Deus, naqueles que tem a felicidade de deles se aproximar. “Afeiçoai-vos às coisas do alto” (Cl 3,2).
Confiemos à Virgem Maria, a Nossa Senhora Aparecida, o Brasil, que mais do que nunca precisa de homens e mulheres santos.
Beato João Paulo II, rogai por nós!