Se fizermos uma leitura de nossa história de vida, encontraremos a presença de muitos amigos do Céu, que nos formam e nos encorajam: os santos que nos acompanham em nossa trajetória. Eu tenho, entre meus livros diários, a vida de alguns santos. Um deles é o de Santa Teresa D’Ávila. Em uma de suas partilhas, ela testemunha o benefício de São José na sua vida da intercessão: “Vendo-me tão tolhida com tão pouca idade, e por não valerem os médicos da terra, resolvi recorrer ao céu para que me cure. Tomei por advogado e senhor o glorioso São José, encomendando-me a ele.
Vi com clareza que esse pai fez mais do que eu poderia pedir, tanto dessa necessidade de saúde como de outras maiores, referentes à honra e à perda da alma. Não me lembro, até hoje, de lhe ter suplicado algo que ele não tenha feito. Espantam-me muito os grandes favores que Deus me concedeu por meio desse bem-aventurado santo, e os perigos, tanto do corpo como da alma, de que me livrou. Se a outros santos o Senhor parece ter concedido a graça de socorrer numa dada necessidade, a esse santo glorioso, a minha experiência mostra que Deus permite socorrer em todas, querendo dar a entender que São José, por ter-lhe sido submisso na terra, na qualidade de pai adotivo, tem no céu todos os seus pedidos atendidos. Não conheço nenhuma pessoa que realmente lhe seja devota e a ele se dedique particularmente, que não progrida na virtude; porque ele ajuda muito as almas que a ele se encomendam.
Há alguns anos, sempre lhe peço, alguma coisa, nunca deixando de ser atendida; vendo, por experiência, o grande bem que é se encomendar a esse glorioso patriarca e ter-lhe devoção. As pessoas de oração, em especial, deveriam ser-lhe afeiçoadas; não sei como se pode pensar na Rainha dos Anjos, no tempo em que tanta angústia passou com o Menino Jesus, sem se dar graças a São José pela ajuda que lhe prestou. Quem não encontra mestre que ensine a rezar, tome por mestre esse glorioso santo, e não errará no caminho. Pois ele mostrou quem é ao fazer que eu me levantasse, andasse, e não mais ficasse paralítica”.
Pelo mês de março ser dedicado a São José, especialmente o dia dezenove, eu quis, nesta carta, registrar, a exemplo de Santa Teresa, a eficácia da sua intercessão. Ao iniciarmos a Canção Nova, um grande amigo, Dom Davi, bispo de Santos (SP), visitou-nos e trouxe uma imagem de São José nas mãos; ao nos cumprimentar, perguntou onde era a sala do nosso financeiro. Nós o levamos ao local e ele nos disse: “Consagremos a Providência da Canção Nova ao Patrono da Sagrada Família, que nunca lhe deixou faltar nada, para que ele seja o provedor dessa missão de evangelizar”. Nós experimentamos a graça sobrenatural a cada mês na campanha do Projeto ‘Dai-me almas’. Um milagre aos nossos olhos! O Céu é por nós, e São José é o nosso provedor. Nas causas da nossa vida, digamos com fé: São José, valei-nos!