Falando de conversão, é difícil não lembrar da conversão de Saulo de Tarso que, após ter se encontrado com Jesus, mudou até o nome passando a chamar-se Paulo. Ele era grande perseguidor da Igreja, prendia todos os que testemunhavam Jesus.
Porém, um dia, estava a caminho de Damasco quando, de repente, o Senhor lhe apareceu e viu-se cercado por uma luz que vinha do céu. Caindo por terra, ouviu uma voz que lhe dizia: “Saulo, Saulo, por que me persegues?” Saulo perguntou: “Quem és tu, Senhor?” A voz respondeu: “Eu sou Jesus, a quem tu persegues.” (At 9,3-5)
Depois daquele dia, Saulo nunca mais foi o mesmo. Ele se converteu tornando-se Paulo, o grande apóstolo dos gentios.
São Paulo não tem receio de testemunhar o tempo em que vivia na ignorância, embora ele fosse um judeu religioso cumpridor da lei. A conversão para Deus comporta essa sua coragem de proclamar com palavras e com a própria vida: “Agradeço àquele que me deu força, Cristo Jesus, nosso Senhor, pela confiança que teve em mim ao designar-me para o seu serviço, a mim, que antes blasfemava, perseguia e insultava. Mas encontrei misericórdia, porque agia com a ignorância de quem não tem fé”(1Tm 1,12-13).
Agora é a nossa vez! O Senhor, no Seu amor, continua a agir com misericórdia. Mas, nós continuamos em nossa cegueira? O Senhor continua a chamar-nos para o seu serviço. Mas, nós preferimos continuar na ignorância de quem não tem fé?
Sinto-me movida a pedir a graça de um coração contrito e humilhado. Digo ao Senhor: “Somente vós sois meu Senhor. Vós me ensinais vosso caminho para a vida; junto a vós, felicidade sem limites, delícia eterna e alegria ao vosso lado!” (Sl 15).
Senhor, eu, que antes blasfemava, encontrei misericórdia. Senhor, nossa esperança!