Não podemos perder de vista a tradição, a doutrina e a fé da Igreja Católica, tal como o Senhor ensinou
Quando Dom Benedito Beni, bispo emérito de Lorena, instituiu o Santuário do Pai das Misericórdias, ele indicou a data de sua celebração: na festa da Santíssima Trindade, que neste ano será no dia 31 de maio. “Os cristãos são batizados ‘em nome do Pai, do Filho e do EspíritoSanto’(Mt 28,19). Antes disso eles respondem ‘Creio’ à tríplice que os manda confessar sua fé no Pai, no Filho e no Espírito: a fé de todos os cristãos consiste na Trindade.
O mistério da Santíssima Trindade é o mistério central da fé e da vida cristã. É o mistério de Deus em si mesmo, é, portanto, a fonte de todos os outros mistérios da fé, é a luz que os ilumina. É o ensinamento mais fundamental e essencial na ‘hierarquia da verdade de fé’. Toda a história da salvação não é se não a história da via e dos meios pelos quais Deus verdadeiro e único, Pai, Filho e Espírito Santo, se revela, reconcilia consigo e une a si os homens que se afastam do pecado”(CIC 232,234).
Não podemos perder de vista a tradição, a doutrina e a fé da Igreja Católica, tal como o Senhor ensinou, tal como os apóstolos pregaram e os Santos Padres transmitiram. Ora, a nossa fé é esta: Cremos na Trindade Santa e perfeita, que é o Pai, o Filho e o Espírito Santo; nela não há mistura alguma de elemento estranho; não se compõe de Criador e criatura; mas toda ela é potência e força operativa; uma só é a sua natureza, uma só é a sua eficiência e ação.
O Pai cria todas as coisas por meio do Verbo, no Espírito Santo; e, deste modo, se afirma a unidade da Santíssima Trindade. Por isso, proclama-se na Igreja um só Deus, que reina sobre tudo, age em tudo e permanece em todas as coisas (cf. Ef 4,6). Reina sobre tudo como Pai, princípio e origem; age em tudo, isto é, por meio do Verbo; e permanece em todas as coisas no Espírito Santo.
Peçamos a graça de permanecermos fiéis ao mistério central da fé e da vida cristã orando: “Ó meu Deus, Trindade que adoro, ajudai-me a esquecer-me inteiramente para firmar-me em Vós, imóvel e pacífico, como se a minha alma já estivesse na eternidade: que nada consiga perturbar a minha paz nem fazer-me sair de Vós, ó meu Imutável, mas que cada minuto me leve mais longe na profundidade do vosso Mistério. Pacificai a minha alma. Fazei dela o vosso céu, vossa amada morada e o lugar do vosso repouso. Que nela eu nunca vos deixe só, mas que eu esteja aí, toda inteira, completamente vigilante na minha fé, adorante, entregue à vossa ação criadora” (Elisabete da Trindade).
Com carinho,
Luzia Santiago
Cofundadora da Comunidade Canção Nova