Cada criança gerada desperta na mãe a expectativa de como será o seu bebê
Uma gestante, ao descobrir que gerava um filho com Síndrome de Down, enviou uma mensagem à organização de apoio à doença genética (Coordown) com a seguinte pergunta: “Que tipo de vida meu filho vai ter?”.
Isso motivou a Agência Saatchi & Saatchi a criar uma campanha para o Dia Mundial da Síndrome de Down, comemorado em 21 de março: “Todo mundo tem o direito de ser feliz!”, incentivo às mães de como melhorar a integração das crianças com Down na sociedade.
Encontrei vários escritos de pais que têm filhos com essa síndrome, entre eles, coletei um em #todotalentodeveservalorizado, crédito de Silma L. de Oliveira: “Outros olhos sobre a Síndrome de Down – Nosso filho especial é um talento”, 13/05/2014:
“Em Mateus 25, narra que um senhor se ausentou e distribuiu talentos aos seus servos: a um deu cinco, ao outro dois e ao terceiro um, segundo a capacidade de cada um. O que ganhou cinco negociou e ganhou mais cinco; o que ganhou dois ganhou mais dois e o que ganhou um, enterrou-o. Ao regressar, o senhor recompensou a todos que trabalharam, mas reprovou o que se deixou levar pelo desânimo e enterrou-o. (Visto que o senhor confiara muitíssimo nele, pois lhe confiou apenas um talento, na certeza de que ele o faria render).
Nossa decepção com uma pessoa é do tamanho da confiança que depositamos nela. Imaginei se esses talentos fossem pessoas, os cinco e os dois talentos poderiam ser os filhos ditos “normais”, e o um talento, os filhos especiais, os quais, às vezes, achamos pouco, desanimamos, não os aceitamos nem os estimulamos, e eles não se desenvolvem mesmo, pois nem os cinco ou os dois talentos teriam se multiplicado sozinhos. O senhor reprovou a atitude de enterrar o “um talento”, desvalorizando-o e escondendo-o.
Aprendamos algo: quem é designado a receber “um talento” parece menosprezado por esse Senhor, mas não seria o oposto? Ele não teria lhe dado tamanho crédito a ponto de confiar-lhe “um único talento”, na certeza de que ele o multiplicaria? Não se tratava de alcançar a mesma quantidade que os demais, mas de trabalhar com o que tinha recebido. É possível multiplicar “um talento”!
Realizemos o sonho de ver nossos filhos especiais desenvolvidos. Se os olharmos com o amor devido e como um voto de confiança de Deus em nossa capacidade de trabalhar com eles, mostrá-los ao mundo e o mundo a eles, colheremos muitas alegrias, superações e a sensação de dever cumprido com prazer! Nosso filho especial é um talento!
Luzia Santiago
Cofundadora da Comunidade Canção Nova